Treinador português qualificou o Botafogo para a primeira final da Taça Libertadores da sua história
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O Botafogo, treinado por Artur Jorge, qualificou-se na madrugada desta quinta-feira para a sua primeira final da Taça Libertadores, perdendo por 1-3 em casa do Peñarol, no Uruguai, depois de ter vencido no Rio de Janeiro por 5-0.
No final da partida, o técnico português considerou que a goleada da sua equipa no jogo da primeira mão acabou por fazer com que se “retraísse” no Uruguai, acrescendo também o facto de ter descansado quatro habituais titulares: Alexander Barboza, Thiago Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus.
“A forma como hoje acabaram por se retrair mais daquilo que é o seu jogo jogado... aquilo não é a cara deste Botafogo. Defendemos mais tempo, defendemos mais vezes, defendemos mais baixo... Mas é muito difícil entrar na cabeça dos jogadores porque é uma final, é um momento histórico, é chegar num patamar muito alto, é estar no topo daquilo que são as competições sul-americanas. Dois jogos, 6-3, fomos melhores, estamos felizes. Perdemos aqui, mas estamos na final. Extraordinário para nós, os jogadores foram excecionais e colocaram o Botafogo num patamar mais alto ainda”, destacou, em conferência de imprensa.
“Depois de ganharmos um título em Braga, dissemos [equipa técnica] que seria importante ter esse projeto pela frente com um sentimento de que tinha de valer a pena. E hoje eu digo que vale a pena, por aquilo que apostamos neste projeto, por quem também apostou em nós e pelos jogadores que temos à disposição para poder sonhar em atingir estes patamares. Estou extremamente feliz e muito satisfeito”, admitiu ainda, referindo-se à conquista da Taça da Liga pelos minhotos, na época passada.
Já com a final diante do Atlético Mineiro, atual décimo classificado do Brasileirão, em mente, Artur Jorge, que lidera de forma isolada o campeonato, apontou a uma vitória histórica na final da Libertadores, que está marcada para 30 de novembro (21h00), no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina.
“Muitos e inclusive os nossos estavam desacreditados e praticamente sem esperança de ver esta equipa passar da fase de grupos. Superámos a fase de grupos com muito mérito e depois tivemos ‘oitavos’ e ‘quartos’ com jogos dificílimos, contra equipas candidatas ao título. Acabámos por ser melhores do que o Palmeiras, São Paulo e agora Peñarol. Com isso, vamos alimentar a nossa energia para podermos perceber que somos capazes de ter pelo menos a mesma missão do nosso adversário. Vamos com essa entrega para o jogo, estamos na final e vamos disputá-la para vencer”, rematou.