Declarações de Francesco Farioli, novo treinador do FC Porto, esta segunda-feira, na conferência de Imprensa de apresentação realizada no Estádio do Dragão
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Conversas com o presidente: “Estou consciente do desafio. Antes de ir um clube estudo-o a fundo. O presidente foi bastante claro desde a primeira reunião, deu-me uma análise profunda, foi duro com a época que terminou e nessa parte conectámo-nos rapidamente sobre o que fazer. Há muitas coisas, das maiores às mais pequenas, e o que fizemos nos últimos dias aqui foi tentar aglutinar todo o futebol no CTFD PortoGaia. Com o presidente, Henrique e Tiago estivemos juntos e ajustámos as coisas. Temos um grande alinhamento entre nós, há o mercado, os treinos, todos vão ter oportunidade, quero dar-lhes hipóteses de se mostrarem. Não quero chegar com julgamentos prévios, quero julgar e ser honesto na minha avaliação durante os treinos.”
Ataque ao mercado: “Temos uma ideia clara das posições que queremos reforçar. Na minha experiência recente tive muitas surpresas em relação a jogadores que podem não atingir um certo nível e que depois chegam lá. Por vídeos e por informações apaixonamo-nos por um jogador e depois demoram para se integrar. Com treinadores e ambientes diferentes as coisas também podem mudar.”
O FC Porto que pretende ver: “É normal que quando abordamos uma nova época exista o desejo de ver coisas novas, uma nova forma de jogar. No fim de contas, cada treinador representa uma forma de pensar. Não me compete, nem é do meu interesse julgar o que foi feito antes, o clube tomou a decisão e é por isso que estou aqui, faz parte do nosso percurso estarmos sempre a ser avaliados. Temos de ter abertura com as decisões dos clubes. Foi a primeira vez que não mostrei um único clip sobre a forma de fazer as coisas, porque o presidente já sabia. Foi apenas uma conversa de futebol e para chegarmos a acordo. Queremos ver a tal mentalidade. Acredito que a equipa deve ter posse de bola, controlar o jogo. Depois, com diferentes ligas e treinadores, uma das melhores partes da vida de treinador é ter uma ideia clara. Mais do que impor a nossa ideia, temos de fazer com que os jogadores acreditem no que queremos fazer. É importante ter margem de adaptação. As ligas, os jogadores e a história são sempre diferentes. Devemos ser flexíveis para fazer pequenas adaptações quando é necessário. Verão algumas coisas iguais, mas haverá margem de adaptação e é isso que fará a diferença.”