Clube da Luz emitiu um comunicado este sábado
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O Benfica emitiu este sábado um comunicado a propósito do acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, a propósito da final da Taça de Portugal, onde, garantem as águias, "fica claro que a verdade desportiva foi gravemente adulterada."
"O conteúdo da decisão confirma, de forma inequívoca, que os erros cometidos pelo VAR Tiago Martins e pelos AVAR Vasco Santos e Sérgio Jesus tiveram impacto direto no resultado da partida e colocaram em causa a integridade da competição. Sem meias-palavras: esses erros privaram o Benfica de um título que era seu por mérito e desempenho estritamente desportivo. Estes factos não podem ser relativizados, ignorados ou branqueados. O Sport Lisboa e Benfica exige a suspensão imediata dos quadros da arbitragem de todos os elementos envolvidos neste colossal erro de avaliação e julgamento", pode ler-se.
"Quem demonstra tamanha incompetência e falta de critério não pode continuar a intervir em jogos profissionais. A sua continuidade em funções seria um insulto ao futebol português e à sua credibilidade. O clube informa ainda que, com o apoio da sua equipa jurídica, está já a trabalhar noutras ações no âmbito da justiça desportiva, tanto em território nacional como internacional, para garantir que este caso não fica sem consequências exemplares. O Sport Lisboa e Benfica tudo fará – dentro dos canais legais e institucionais – para defender os interesses do clube, os princípios da competição e o respeito pelos seus adeptos. A verdade desportiva não se contorna nem se arquiva. Defende-se, sem hesitações.", prossegue.
O clube da Luz enumera de seguida uma série de questões. "Em face do exposto, perante tudo o que sucedeu no final da época passada e o arranque de uma nova temporada, o Sport Lisboa e Benfica exige esclarecimentos urgentes e que se assumam responsabilidades. Nesse sentido, o clube dirige publicamente as seguintes questões às entidades que tutelam o futebol português:
- <p>Para quando uma pronúncia pública por parte do Conselho de Arbitragem sobre os acontecimentos que marcaram a final da Taça de Portugal?</p>
- <p>Que consequências concretas retiram os responsáveis do futebol português face à gravidade deste caso?</p>
- <p>Que conclusões tira a Federação Portuguesa de Futebol de uma reforma da arbitragem apresentada como resposta à exigência de mudança, mas que se revela claramente insuficiente perante os desafios do futebol moderno?</p>
- <p>Para quando a divulgação pública dos áudios do VAR relativos à final da Taça de Portugal, formalmente requerida pelo Sport Lisboa e Benfica no passado dia 26 de maio?</p>
- <p>Haverá, de facto, consequências para erros que não se limitam à negligência, mas que podem revelar indícios de dolo?</p>
O Sport Lisboa e Benfica continuará a exigir respostas, transparência e responsabilização. O silêncio e a inação não servem o futebol português. A verdade desportiva exige compromisso, coragem e consequências."
Recorde-se que Matheus Reis foi suspenso por cinco jogos. Em comunicado, a secção não profissional do órgão disciplinar federativo explica que Matheus Reis foi sancionado por quatro jogos devido a agressões a jogadores, após um lance com Andrea Belotti, então do Benfica, no qual terá pisado a cabeça do italiano no chão, nos instantes finais do tempo regulamentar da final da Taça de Portugal, vencida pelos leões sobre as águias (3-1, após prolongamento), em 25 de maio, no Estadio Nacional, em Oeiras.
Matheus Reis foi alvo de participações disciplinares apresentadas pela SAD do Benfica e pelo empresário de futebol César Boaventura, que também incidiram em Maxi Araújo, tendo as acusações sobre o lateral esquerdo uruguaio sido arquivadas pelo CD da FPF.
O brasileiro recebeu mais uma partida de suspensão, acrescida de 1.020 euros de multa, pela prática dolosa de uso de expressões ou gestos ameaçadores em publicações nas redes sociais.