Auckland City empatou com o Boca e ganhou mais dinheiro do que no ano de 2024
Empate do Auckland City com o Boca Juniors rendeu quase um milhão de euros ao conjunto amador. Ao todo, o emblema da Nova Zelândia encaixou cerca de quatro milhões, mas a Federação do país exige que o valor seja dividido com os restantes clubes do principal escalão.
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O golo de Christian Gray ao Boca Juniors, na última terça-feira, não rendeu apenas um ponto a uma equipa que já estava eliminada de antemão do Mundial de Clubes. Além de constituir-se como maior motivo de orgulho para uma equipa amadora entre profissionais, o golo apontado pelo professor de educação física (estagiário) numa escola de Auckland (e futebolista nas horas vagas) significou o encaixe imediato de quase um milhão de euros – mais do que o encaixe total que o clube tinha conseguido em todo o ano de 2024 (cerca de 570 mil euros).
Trata-se de um valor que estaria completamente fora das cogitações até dos mais entusiastas seguidores do emblema neozelandês – jogadores, treinadores e dirigentes incluídos –, e que se junta aos três milhões já garantidos só pela participação na prova. “Representa muito para o clube, que depende de voluntários. Não temos muito dinheiro. Estava a ser uma viagem complicada, com resultados duros, por isso estou muito feliz pela equipa. Merecemos e espero que tenhamos recuperado algum respeito”, salientou o central de 28 anos após o jogo.
Ainda está por definir, todavia, quanto desses quase quatro milhões de euros entrará de facto nos cofres do Auckland City – apesar de o guarda-redes Sebastián Ciganda ter dito que o valor iria ser dividido entre jogadores e equipa técnica. Tudo devido a uma regra da Federação da Nova Zelândia, que exige aos seus clubes uma parte de todos os ganhos que obtenham em competições internacionais.
“O ‘prizemoney’ tem sido tema delicado. Acabou por se tornar uma distração, pelo que a partir de certa altura decidimos focar-nos principalmente na parte operacional das coisas”, afirmava Gordon Watson, diretor-geral do conjunto de Auckland, antes da partida para os Estados Unidos. “A ideia é que todos os clubes que participem na liga recebam uma parte. O nosso papel é fazer com que a regra seja cumprida. Acho que todos os clubes concordam que o Auckland City deva ser recompensado, mas há muitos clubes que também fizeram grandes esforços pelo futebol no país. Temos de zelar pelos interesses de todos”, ressalvou o diretor-executivo da federação neozelandesa, Andrew Pragnell.
Nas participações anteriores do Auckland City no Mundial de Clubes (12, um recorde), o clube costumava ficar com metade dos ganhos, sendo a outra metade distribuída pelos restantes clubes da principal liga do país – com valores, todavia, muito inferiores aos que se praticam com o novo formato. Resta saber se os novos heróis terão a mesma sorte.
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