Médio português esteve no jogo da liga turca que culminou com uma agressão violenta ao árbitro Halil Umut Meler
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Em declarações a O JOGO, Pedrinho conta que ficou absolutamente surpreendido com o episódio violento protagonizado pelo presidente do Ankaragucu, clube onde alinha na liga turca. “Eu tinha acabado de sair de campo, com dores num gémeo. Estava a olhar para o chão e a meter gelo. Senti toda a gente a correr, mas quando olhei já o árbitro estava no chão”, conta o médio de 30 anos, antigo jogador de Paços de Ferreira e Gil Vicente, entre outros.
“Nunca tive grande contacto com o presidente do clube e não falámos muito, mas do pouco que conheço dele não me pareceu ser um homem agressivo, que fosse capaz ter uma reação deste tipo. Fiquei surpreendido”, acrescenta, sobre a agressão ao árbitro Halil Umut Meler, após o Ankaragucu-Rizespor (1-1).
No entender de Pedrinho, a reação de Faruk Koca terá surgido na sequência de uma expulsão que considera exagerada e, também, pelo golo ocorrido nos últimos segundos das compensações.
“Primeiro houve um golo anulado. Na altura pareceu-me bem anulado, porque creio que a bola chegou a tocar na mão do autor do golo. Depois houve uma expulsão, aos 50’, por segundo amarelo ao nosso avançado. No golo anulado nem houve grandes reclamações no banco, no segundo amarelo é que já houve mais protestos. E a mim também me pareceu exagerado esse cartão. Depois o árbitro deu sete minutos de compensações, quando se calhar podia ter dado apenas cinco ou seis minutos”, conta.
O médio português faz questão de ressalvar, porém, que nada justifica o episódio violento que se seguiu: “Não sei, sinceramente, se foi a expulsão, se foi o facto de terem marcado mesmo no fim do jogo, com os tais sete minutos de compensações. E o golo a acabar, mas não sei, não posso dizer, não estava à espera. Foi a expulsão e depois terá perdido a cabeça pelo golo nos últimos segundos do jogo. Mas evidentemente que nada justificaria a violência. Sou absolutamente contra a violência no futebol.”