Laporta e o caso Dani Olmo: "Quiseram liquidar-nos, mas não nos rendemos"
Dani Olmo e Pau Víctor foram reinscritos temporariamente pelo Barcelona na LaLiga na sequência de uma medida cautelar aceite pelo Conselho Superior de Desporto
Corpo do artigo
Joan Laporta, presidente do Barcelona, compareceu esta terça-feira numa conferência de imprensa para explicar a polémica em torno de Dani Olmo e Pau Víctor, que foram reinscritos provisoriamente na LaLiga após o Conselho Superior de Desporto (CSD) ter aceitado uma medida cautelar interposta pelo clube para que a dupla pudesse jogar na Supertaça de Espanha.
No início do seu discurso, o líder “blaugrana” começou por criticar a forma como esta polémica se desenrolou, acusando os órgãos que regem o futebol espanhol - LaLiga e Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) - de tentarem “liquidar” o Barça com base num artigo “obsoleto” do regulamento.
“Sabemos o que representa o Barça e nada do que aconteceu nestas semanas nos surpreendeu. Se recordarem a história, já esperas estas reações. Quando emerges, diversos atores, com os seus correspondentes apoios mediáticos, impõem um relato ignominioso, que se repete. Já os conhecemos a todos, mas não saiu como queriam. Muito terão de trabalhar os desestabilizadores de fora e de dentro para nos derrubar. Eu normalizei as críticas e sofrer ações que ultrapassam todos os códigos deontológicos. Estou habituado a sofrer estas situações, mas não aceito que a fiscalização do meu cargo seja acompanhada de mentiras. Não posso permitir que se aproveitem das críticas ao presidente para atacar o clube ou destabilizar a equipa. Não o aceitarei”, começou por dizer.
“Isto não saiu porque nós fizemos o nosso trabalho. Quiseram liquidar-nos, mas nunca nos rendemos. Conseguimos o que queríamos: a inscrição de Olmo e Víctor e voltar [à regra financeira] 1:1. Os sócios sabiam que era um ataque ao escudo”, acrescentou, antes de relatar a forma como a situação foi resolvida, ainda que de forma temporária.
“No caso Olmo, apresentámos a documentação no dia 27 de dezembro e a LaLiga pediu-nos que a completássemos. No 31, já tínhamos as normas 1:1, mas a LaLiga entendeu que não e pediu-nos mais registos. Não estávamos de acordo e a RFEF disse-nos que faltava o 1:1, mas que não haveria problema em estender a licença [ de registo de Olmo e Víctor]. A LaLiga e a RFEF disseram-nos que o artigo estava obsoleto, mas não nos deu as licenças e não achámos correto. A finalidade da norma é a estabilidade da competição e nós não entrávamos neste conceito. Ambos os jogadores têm contrato e nós defendemo-lo. No dia 3 [de janeiro] completámos a documentação e deram-nos a regra 1:1. Fizemos recurso ao CSD e o Barça sempre cumpriu as normas, estamos num estado de direito. O CSD há de apreciar para tomar a decisão de que há um dano de reparação e também apreciar a aparência de bom direito”, apontou.