Há exatamente uma semana, uma reunião entre Pablo Longoria e representantes de grupos de adeptos do Marselha ganhou contornos desagradáveis, com o dirigente a ter sido alvo de ameaças.
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O Ministério Público de Marselha anunciou esta segunda-feira a abertura de um inquérito em relação às ameaças proferidas por adeptos do Marselha contra o presidente do clube, Pablo Longoria, durante uma reunião "tempestuosa" ocorrida há exatamente uma semana.
"Estamos a abrir um inquérito com base nas informações divulgadas pela imprensa. Ainda não recebemos nenhuma queixa [de Pablo Longoria], mas penso que deverá chegar dentro de uma semana", referiu Dominique Laurens, procurador-geral de Marselha.
Na última segunda-feira, uma reunião entre representantes de grupos de adeptos do Marselha e a direção do clube francês ganhou contornos desagradáveis, com os primeiros a terem criticado a política desportiva, de contratações e a gestão da formação.
Longoria denunciou ter sido alvo de ameaças nessa reunião antes de viajar para Amesterdão, na quinta-feira, para assistir ao jogo da equipa frente ao Ajax (3-3), na Liga Europa, garantindo na altura que iria apresentar queixa. Já o treinador Marcelino Toral demitiu-se dois dias depois da reunião, sendo substituído internamente por Pancho Abardonado.
"Na vida, sou uma pessoa de valores e de convicções muito fortes. Não posso limitar-me a denunciar uma situação, tenho de ir até ao fim e dizer o que penso. Por isso, pedi aos meus advogados para apresentarem uma queixa sobre o que aconteceu. Não se trata de alimentar um conflito. Não. Quero simplesmente pôr cobro a um comportamento para que este tipo de situação não se repita no futuro. É essa a minha responsabilidade", frisou o dirigente espanhol, em relação às ameaças de que foi alvo.
O Marselha, onde alinham os portugueses Vitinha e Iuri Moreira, ocupa a sétima posição da Ligue 1, somando nove pontos ao fim de seis jornadas, menos quatro do que o líder Brest (13).