João Carlos Pinheiro Paula mencionado no acórdão do Conselho de Disciplina
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O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, por proposta da Comissão de Instrutores da Liga, decidiu o arquivamento do caso aberto pelo aliciamento de jogadores do Rio Ave, Boavista e Marítimo, para que facilitassem em quatro jogos com o Benfica, nas temporadas 2015/16 e 2016/17. Segundo o acórdão do processo de inquérito, divulgado esta sexta-feira, há um outro empresário, além de César Boaventura, incluído na investigação: João Carlos Pinheiro Paula.
Tal como no caso de Boaventura, não estava sujeito a uma eventual punição disciplinar por não ser considerado agente desportivo. Do mesmo modo, não ficou provada qualquer ligação do Benfica no caso.
Este agente abordou, por telefone, o guarda-redes Cássio na temporada 2016/17, três dias antes do encontro da ronda 32, que terminou com a vitória das águias graças a um golo de Jiménez ao minuto 75.
O guardião brasileiro, segundo é mencionado, entendeu na conversa uma referência ao contacto de César Boaventura na temporada anterior, também antes de um jogo com o Benfica, e desligou o telefone.
Recorde-se que César Boaventura foi condenado, pelo Tribunal de Matosinhos, a uma pena de prisão cumulativa de três anos e quatro meses, com execução suspensa, por três crimes de corrupção ativa no desporto.
O empresário foi ainda condenado ao pagamento de 30 mil euros a favor de uma instituição de solidariedade social ou de promoção do desporto, e impedido de ter atividade profissional como agente de jogadores, de forma direta ou indireta, durante dois anos.
O tribunal deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio Marcelo e Lionn, mas ilibou César Boaventura do crime de corrupção em forma tentada ao antigo jogador do Marítimo Romain Salin.