A forma como Nuno Espírito Santo saiu em defesa de Corona, no Bessa, é o tipo de atitude que nenhum balneário esquece tão cedo
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Nuno Espírito Santo teve um momento "Somos Porto!" no Bessa, quando se atravessou entre Corona e Alfredo, reclamando para si a atenção da equipa de arbitragem chefiada por Fábio Veríssimo.
Um treinador que não hesita no momento de dar o corpo às balas para proteger os jogadores, seja do confronto direto com um elemento da equipa técnica adversária, seja do rigor disciplinar de um árbitro rápido no gatilho, sabe não só que, depois do esforço exigido pelo jogo da Champions a meio da semana, a equipa passa melhor sem ele próprio no banco do que com menos um elemento em campo, mas também que um líder deve ser o primeiro a dar o exemplo. E o exemplo que o treinador do FC Porto deu nesse momento foi de compromisso total com a equipa. O mesmo compromisso que se percebeu dentro de campo, em momentos como aquele em que Marcano dobrou Boly em esforço para negar o golo do empate a Schembri ou até no banco, na forma enérgica como André Silva festejou o golo de Soares ou na intensidade com que viveu os últimos instantes do jogo, não obstante a "estreia" na condição de suplente.
No rescaldo do jogo com a Juventus, Nuno relativizou os efeitos da derrota preferindo sublinhar que "a união da equipa" tinha saído reforçada. A difícil vitória no Bessa provou que tinha razão.
