Talvez aí esteja a chave
Ponderadas as palavras de Pinto da Costa, Nuno Espírito Santo e até José Mourinho - neste caso, pela autoridade da experiência e pela condição de portista, ainda que em resultado da história conjunta -, o mais difícil é determinar o que espera o FC Porto de si mesmo este ano. Ao reconhecer a paciência dos adeptos, Pinto da Costa também está a pedir-lhes paciência. Ao rejeitar o pedido de paciência de Mourinho, Nuno também está a rejeitar ser um treinador de transição. Algures na interceção entre as três intervenções esconde-se uma estratégia. Creio ser possível reduzir as possibilidades a duas: a preparação de um novo ciclo triunfante, e que talvez exija o sacrifício da época em curso; e a redução das expectativas, de modo a libertar a equipa - e o treinador - para um caminho livre de pressão. Do que eu não tenho a certeza é se Espírito Santo gostará de ver-se em qualquer uma dessas posições. Mas, no cômputo geral, o dragão cria uma atmosfera favorável a que Sporting e Benfica não o levem tão a sério como noutros anos. E talvez não devamos esquecer-nos de que esse foi o mais importante de todos os elementos do triunfo benfiquista em 2015/16.
ALTO RISCO
Ou, pelo menos, risco alto
Apolícia não quer rulotes em Alvalade, mas esquece-se de que, se os adeptos do Légia e do Sporting pretenderem acertar contas, apenas estará a proteger as rulotes. O Sporting não quer pirotecnia no estádio, mas o objetivo é obviar às sanções, não evitar a violência. Não sei se, no geral, fico mais tranquilo.
