Capitão do Benfica representa um desafio enorme para Rui Vitória
O Benfica perdeu um jogo de pré-época com uma equipa do segundo escalão inglês e a primeira coisa a saltar à vista foi a presença de Luisão. Não tanto pelo porte, mas pela facilidade com que se percebe agora não se lhe ter sentido a longa ausência na época passada. E o decorrer da partida com o aguerrido Sheffield Wednesday de Carlos Carvalhal continuou a fazer do capitão benfiquista um corpo estranho à equipa. O facto de o adversário ter um treinador português, sabendo quais os pontos fracos a explorar, e dando indicações nesse sentido, também foi uma traiçãozinha nesta altura.
Ao longo de 12 anos, Luisão tornou-se uma figura do Benfica. É um líder, uma autoridade no balneário e no final da época passada, quando ficou apto e sem espaço no onze, teve um comportamento digno. Só que ontem quem o viu jogar não se lembrou do Luisão de outros tempos, mas sim do acerto da defesa sem ele, o que não deixa de ser uma crueldade para quem foi tão importante ao longo de tantos anos. Um jogador com o passado do brasileiro merece respeito, mas na alta competição não se joga por currículo ou caridade. Rui Vitória tem pela frente um desafio enorme. Resolve-o com facilidade se conseguir repor-lhe o rendimento de outrora.
