A boa notícia para os rivais diretos do Sporting é que os leões só têm mais dois clássicos para jogar no campeonato
Pode ser um paradoxo, mas aparentemente o triunfo do Sporting sobre o FC Porto desmente Jesus. Afinal, quando faltam duas jornadas para o final da primeira volta, e depois de acumularem quatro vitórias noutros tantos clássicos disputados até agora, os leões contrariam declarações recentes do treinador e assumem-se claramente como os principais favoritos ao título ou, pelo menos, como o grande em melhor forma nesta primeira metade da temporada. Por outro lado, e até considerando a maneira mais ou menos clara como se conseguiram impor aos dois rivais diretos, o facto de disporem apenas de dois pontos de vantagem na frente não deixa de ser um sintoma relativamente animador para os adversários na corrida ao título. Quer dizer, mesmo ontem, houve uma diferença considerável entre o que foi o jogo antes e depois do primeiro golo, marcado por Slimani na sequência de um livre ou, colocando o problema de outra forma, antes e depois de o FC Porto se ter inclinado para a frente à procura do empate, abrindo espaços junto à baliza de Casillas. Ora, se recordarmos os empates com o Paços de Ferreira e o Boavista, a derrota com o União da Madeira e uma série de vitórias tangenciais garantidas em cima do apito final contra adversários como o Marítimo, o Belenenses ou o Arouca, parece evidente que o Sporting se sente muito mais à vontade nos clássicos do que em jogos onde tem de assumir a iniciativa contra adversários que se podem dar ao luxo de a ceder, diminuindo os espaços junto das respetivas balizas. A boa notícia para o Benfica e para o FC Porto é que esses são a maior parte dos jogos que os leões vão disputar até ao final do campeonato. A má é que ainda têm mais dois clássicos para jogar.
