O jogo de ontem prova o acerto da aposta dos leões no reforço das alas e da capacidade de desequilíbrio do meio-campo durante o mercado de inverno
O Sporting concedeu ontem o quinto empate da temporada, o quarto em Alvalade e o terceiro nos últimos cinco jogos em casa. Começa a tornar-se um padrão com custos consideráveis para os leões. Ontem, por exemplo, o empate com a Académica custou dois pontos que chegariam para igualar o Benfica na liderança antes da visita à Luz, mas não só. Também custou a presença de William Carvalho no clássico, com todas as implicações que possa ter. Afinal, dificilmente o trinco dos leões teria sentido a necessidade de travar o contra-ataque de Djavan com uma falta para amarelo, em cima dos 90 minutos, se os leões não estivessem completamente inclinados para a frente, à procura do golo redentor.
O facto é que, esgotado o fator surpresa que marcou a primeira metade do campeonato, era inevitável que os adversários acabassem por perceber como dar um nó no futebol leonino, multiplicando os obstáculos em frente à respetiva baliza, abdicando do ataque e aceitando o empate como um bom resultado, como a Académica fez. De resto, um problema antecipado pelos responsáveis leoninos, como prova o reforço da capacidade de desequilíbrio das alas e do meio-campo durante a janela de transferências de janeiro. Ontem, Heldon e Shikabala já estiveram em Alvalade para serem apresentados. Leonardo Jardim precisa deles para desatar nós.
