Rui Bragança e o contrato com o Benfica: "Já posso ser profissional"

.
Paulo Jorge Magalhaes
Benfica contratou o número dois mundial de taekwondo e relançou-lhe a carreira. A O JOGO, o vimaranense garante que pensava desistir. "Não foi uma questão de conforto, mas de sobrevivência", diz Rui Bragança sobre a mudança para a Luz, lembrando as provas em que cozinhou para poder comer. "Nunca andei aqui para ganhar dinheiro"
O discurso de Rui Bragança nos Jogos do Rio"16, ao falar das dificuldades por que passara para ali estar - mesmo sendo o número dois mundial - e da pequena dimensão do taekwondo, deixou marcas. Ana Oliveira, coordenadora do projeto olímpico do Benfica, estava atenta e, logo no Brasil, dizia a O JOGO que valorizava imenso os "projetos de família, com muitos sacrifícios". A referência ao vimaranense de 24 anos era óbvia e a sua transferência do Vitória para o Benfica, acompanhado do técnico Hugo Serrão e do colega Nuno Costa, deu-se esta semana. De volta à Universidade do Minho, onde está quase a terminar Medicina, Bragança explicou-nos o que significa a mudança.
Esta transferência começou no Rio de Janeiro?
-No Rio, acredito que tenha despertado as atenções. A minha imagem cresceu com o que fiz e disse.
Os contactos não começaram no fim dos Jogos?
-Não. Depois de competir, só me preocupei em estar com a família. O Benfica só começou a falar com o meu treinador, o Hugo Serrão, quando voltamos do Rio. Não estive muito por dentro das negociações.
Já conheciam o taekwondo do Benfica?
-Sim, teve o são-tomense Elói Boa-Morte, mas poucos mais de alto nível. Agora chegámos nós!
Que podem fazer no novo clube?
-Dar tudo o que temos. Fazer tudo para ir o mais longe possível. Conseguir títulos.
Vão continuar a treinar na Universidade do Minho?
-Essa parte não mudará. Estou a uns meses de acabar Medicina, mas ainda tenho de cá estar e não fazia sentido mudar. Iremos mais vezes a Lisboa, à Luz.
LEIA MAIS NA EDIÇÃO IMPRESSA OU E-PAPER
