Amigos de André André no plantel poveiro garantem não estar surpreendidos com o sucesso do médio no FC Porto. Agora vão defrontá-lo na Taça de Portugal
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O jogo da Taça de Portugal entre Varzim e FC Porto, no sábado, será marcado pelo regresso a casa de André André, jogador formado na cantera poveira que representa agora os dragões. Os elementos que conviveram com o médio no balneário são unânimes em relação à personalidade vincada que lhe permitiu chegar ao topo. É nesse contexto que Nelsinho recorda os tempos de André André nos lobos do mar e, embora espere que ele "não jogue" contra o Varzim, o médio fica "feliz se o reencontrar" no campo. "Joguei com ele três anos e, com a personalidade que mostrava, já se via que iria singrar. Tem subido sempre na carreira, já é titular no FC Porto e, mais cedo ou mais tarde, será também na Seleção", garantiu o médio varzinista.
Tal como Nelsinho, Rui Coentrão subiu de divisão com André André, em 2012, e nessa fase já lhe via "qualidade acima da média". "Sabíamos que tinha tudo para chegar longe e não sei se irá ficar muitos anos no FC Porto", afirmou o extremo, avançando que outros podem percorrer o mesmo caminho. "Jogou comigo há três anos e agora está muito bem no FC Porto. Se ele consegue, todos podemos acreditar", disse, radiante pelo reencontro "com um grande amigo" por quem torce "em todos os jogos menos neste", como é óbvio.
No mesmo patamar de amizade está Nélson Agra, que recorda a subida de divisão como "um grande momento ao lado" de André André. "Já esperava que chegasse ao topo. É uma pessoa muito ambiciosa e não descansava enquanto não chegasse lá. Agora que chegou, vai ser fácil manter este ritmo. Já está num grande clube, mas penso que ainda pode chegar mais longe", projetou o médio.
Pedro Santos recebeu André André quando este subiu ao plantel profissional, recordando "um miúdo com carácter". "Tinha uma sede de vitória muito grande e, nos treinos, ficava tolo quando perdia uma pelada. Como mais velhos, tentávamos acalmá-lo", lembrou o central, sublinhando o feitio de "não gostar de perder nem a feijões". No sábado, sabe que o amigo, que "ama" o Varzim, fará tudo para vencer mas avisa-o: "Sabemos que ele quer ganhar, mas estamos aqui para travá-lo, para não o deixar jogar."
João Paulo foi colega do portista desde os infantis até aos juniores do Varzim, além de ser também, ainda hoje, um grande amigo. "Encontramo-nos no café para conversar, jantamos e às vezes vou a casa dele. Ainda não falamos deste jogo, mas fiquei de mandar uma mensagem", contou o lateral. Sábado, dizem todos, "a amizade não vai entrar em campo".