Danilo admite que gosta é dos grandes palcos e é a isso que aponta para 2013/14: "A Champions é uma obsessão..."
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Sem ceder ao futebolês, Danilo falou abertamente sobre o seu estilo de jogo e reconheceu que sobressai mais quando o adversário é exigente. Admitindo estar ainda distante do que vale, projetou o Mundial'2014 e o que ainda quer conquistar no Dragão. Em entrevista exclusiva a O JOGO, nomeou a Champions como "uma obsessão".
Respondeu à altura nos jogos mais exigentes, mas há quem diga que facilita nos mais fáceis...
Já ouvi isso outras vezes e não tenho problemas em falar sobre isso. É uma coisa de cada um. Eu gosto muito mais dos jogos maiores, a minha motivação é sempre diferente. Não acredito que entre desconcentrado contra equipas menores, mas, por saber que nos maiores a equipa precisa mais de mim, talvez relaxe um pouco. Temos jogadores com qualidade imensa para resolver qualquer jogo e às vezes posso resguardar-me um bocadinho para nesses tais jogos dar os meus 110%. Às vezes é preciso jogar mais para a equipa. Claro que é uma coisa a melhorar, mas apenas uma, pois tenho muita coisa ainda para melhorar. Em ano e meio evoluí muito, mas falta muito também. Não me custa reconhecer. Está a ser uma experiência muito boa estar no FC Porto porque estou a aprender muito... Espero na próxima época aprender ainda muito mais.
O seu discurso dá por adquirido que continuará no FC Porto. O que persegue ainda?
Procuro atingir um nível que eu sei que posso alcançar e ainda não consegui, por determinados fatores. Talvez um deles seja a juventude. Estou a trabalhar individualmente para chegar a esse nível que ainda não mostrei aqui e para voltar à seleção brasileira. É um objetivo claro para mim e penso que para qualquer jogador do FC Porto. Já conheço aquele espaço, já sou da casa e quero voltar, tendo o Mundial'2014 como sonho. Coletivamente, a Liga dos Campeões é, e vai ser, uma obsessão. Soube a pouco este ano. Pela forma como vínhamos a jogar e pelos adversários que tivemos, dava para ter ido mais além. Temos isso como obsessão e espero chegar muito mais longe.
Chegar à seleção como lateral é mais fácil? Desistiu de ser médio?
Para mim é muito bom eu estar em grande nível como lateral e ter grande experiência como médio. O futebol é como uma bola: está sempre rodando. Um dia, o FC Porto pode precisar de mim como médio e eu vou estar pronto para ajudar. Como lateral evoluí muito e já conheço essa posição. Para mim é muito mais fácil hoje entrar na seleção como lateral. Há menos laterais e é a posição em que estou a jogar. Mas para mim é importante saber jogar bem nas duas funções. Antes, na minha conceção, jogava melhor como médio e como lateral quebrava um galho. Hoje posso dizer que sou lateral-direito de verdade. Mas, jogar bem nas duas é uma porta a mais para mim.
Aos 21 anos, já apresenta um currículo impressionante. Tem estrelinha?
Graças a Deus, desde que me tornei profissional, em 2009, nunca passei um ano sem títulos. Acredito muito na estrela da sorte, mas também em trabalho e dedicação, por isso também tenho mérito.