Apesar do sucesso desportivo da época passada, os vila-condenses desejam diminuir o número de jogadores emprestados, apostando claramente na valorização dos ativos da futura equipa B
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Para manter o equilíbrio financeiro nas suas contas, o Rio Ave está obrigado a transferir jogadores todas as temporadas e, nesse sentido, pretende mudar a composição do seu plantel, reduzindo drasticamente a quantidade de jogadores emprestados por outros emblemas.
Embora, na época anterior, o clube tenha tido sucesso com essa aposta, conseguindo um sexto lugar e chegando às meias-finais da Taça da Liga, a estrutura diretiva concluiu que o caminho passa por valorizar ativos próprios.
Entre os habituais titulares da equipa de Nuno Espírito Santo estavam cinco jogadores cedidos por empréstimo: o guarda-redes Oblak (Benfica), os laterais Edimar e Lionn (Cluj) e os extremos Ukra (FC Porto) e Bebé (Manchester United), além do médio Diego Lopes (Benfica), que também foi bastante utilizado.
À exceção de Lionn, todos estes jogadores não deverão continuar em Vila do Conde, ainda que haja interesse em manter Oblak e Ukra, peças que foram fundamentais na grande campanha de 2012/13. Paradoxalmente, no atual defeso o Rio Ave deverá conseguir grandes encaixes financeiros com a venda de ativos que estiveram a rodar noutros campeonatos, já que estão bem encaminhadas as transferências de Esmael, Fabinho, Ivo Pinto e Vítor Gomes.
Para o diretor-geral do Rio Ave, Miguel Ribeiro, "a tendência passa por uma aposta no produto interno", lembrando um possível aproveitamento dos "muitos talentos" que vão alinhar na equipa B, que será maioritariamente composta por jogadores que fizeram parte da equipa de juniores, que terminou no quinto lugar da fase final. "O clube tem de crescer em todos os sentidos e esta aposta poderá ser determinante", afirmou Miguel Ribeiro.
