
Rui Minderico
Segunda volta do clube bávaro, com o técnico luso, foi melhor do que a primeira, mas não suficiente para assegurar a permanência. Imprensa alemã, muito dura, fala de um "megaflop"
Nos próximos dias 26 e 30, o TSV 1860 Munique joga, frente ao Regensburg, a sua continuidade na II Bundesliga, depois de ter deixado escapar, na última jornada, a possibilidade de garantir definitivamente a permanência, perdendo em Heidenheim (2-1). Um cenário que contradiz a ambição de Vítor Pereira quando chegou ao clube, no interregno de inverno, apontando para uma segunda volta mais tranquila.
Apesar disso, e das fortes críticas da Imprensa germânica, a direção do clube já manifestou apoio total. "Estamos todos ao lado do treinador e da sua equipa. Temos toda a confiança nele e na equipa para os dois jogos do play-off, a 1860 por cento", afirmou o presidente do clube Peter Cassalette.
Quando Vítor Pereira assumiu o emblema de Munique, no final da primeira volta, o clube estava na 14.ª posição, com 16 pontos. Na segunda volta, o 1860 somaria 20, melhor do que seis outros clubes do escalão no mesmo período, mas pior do que todos os que o precediam na classificação em janeiro. O exemplo mais flagrante é o do St. Pauli que saltou do último para o sétimo lugar final. O compromisso do treinador português foi o de lutar pela subida à Bundesliga na próxima época, mas depara-se agora com o espetro da descida ao terceiro escalão. Por esse motivo - que se junta a frequentes controvérsias e desencontros com os jornalistas, críticos das suas escolhas para a equipa -, a Imprensa germânica é cáustica na análise ao desempenho do treinador português: "Da promessa de levar a equipa ao "top" até ao "megaflop", define o "Bild".
O play-off será decisivo para o projeto do xeque Hasan Ismaik com Vítor Pereira ao leme.
