Folha de encargos anuais correspondentes à atividade da formação B verde e branca ascende a uma soma na ordem dos três milhões de euros
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O Sporting B tem hoje mais uma oportunidade para tentar fugir à zona de despromoção, mas, caso se revele impossível tamanha fuga aos infernos, sabe O JOGO, o cenário de extinção do projeto é não só legalmente possível como considerado pela Sporting, SAD.
A amargar um penúltimo lugar na II Liga, a turma de João de Deus não vence uma partida há quase três meses e está no pior momento da temporada, fazendo soar os alarmes na Academia Sporting. A viver a sua segunda encarnação, a formação secundária verde e branca compreende um encargo na ordem dos três milhões de euros anuais para a administração da SAD, entre custos do plantel e também de logística e, caso o pior cenário se verifique no final da temporada, a queda para o Campeonato de Portugal - competição não profissional -, poderá precipitar o segundo final dos bês leoninos.
  O contrato em vigor, legitimado pelo regulamento de competições, obriga ao cumprimento de ciclos de três anos, mas o final do projeto é possível no caso de queda para o Campeonato de Portugal
  
No âmbito do enquadramento legal vigente consagrado no regulamento de competições da Liga, as equipas B recomeçaram em 2012/13, sob o compromisso contratual de realizarem ciclos de três épocas. Ao final de cada triénio, poderia ser cessada a atividade. A uma temporada de realizar o segundo triénio, depois de assinado o vínculo acima referido, os leões têm como alternativa extinguir o projeto em caso de descida ao terceiro escalão, justamente o cenário agora ponderado pela sociedade anónima de Alvalade.
Importa acrescentar que clubes como o Sporting pagam 50 mil euros por época para ter a equipa B em competição, dado o acréscimo de jogos que a sua existência configura.
Ainda com 16 encontros para disputar no campeonato, a margem para a sobrevivência é muito considerável e o técnico João de Deus tem a posição em risco. Facto é que, com a equipa divorciada das vitórias e a afundar-se cada vez mais na tabela, a sociedade anónima verde e branca perspetiva todas as vias para o futuro e esse não passa por ter uma equipa B no Campeonato de Portugal.
A sobrevivência na II Liga equivale, por conseguinte, à sobrevivência de um projeto reativado há cinco anos.
