
JORGE AGUIAR
Em 2012, O Sporting finalizou o clássico com oito unidades (Barbosa, Paulo Bento e Jardel foram expulsos), mas, com o suor de Beto, segurou o 2-2... e acabaria campeão.
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Fez dez épocas de leão ao peito e foi capitão em muitas delas. O antigo central marcava pela garra com que defendia as cores do Sporting e, também ele, ficou com muitos Clássicos marcados na memória.
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Como se decide um duelo desta natureza?
- Mesmo depois de ter deixado de jogar, cada vez digo mais isto: são os pormenores que resolvem. Não é um cliché. Simplesmente não dá para fugir a essa ideia. É uma realidade. Quem duvida que analise os últimos clássicos. São pequenos detalhes a fazer a diferença. Nas pequenas desconcentrações e erros é que se decide os grandes encontros.
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Que jogadores podem decidir o clássico?
- Sinceramente, que seja um coletivo forte do Sporting e não vou dizer uma individualidade. O jogador só brilha com um coletivo forte. Uma equipa faz um jogador e não o contrário. É o que espero ver.
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Nesta altura, quem está mais bem apetrechado, o FC Porto ou o Sporting?
- São duas grandes equipas, que muito respeito. Não sou cínico e desejo que o meu Sporting ganhe, mas é muito difícil dizer. O FC Porto está vivo e em crescendo. A enfrentar dificuldades vai ganhando e está mesmo assim pertíssimo do topo. Levem em conta o FC Porto.
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Se perder, o Sporting fica afastado do título?
- Se a distância aumentar, fica muito mais difícil. Não se deixa de acreditar no Sporting. Isso não faz parte do seu ADN, mas fica-se com muito poucas possibilidades. Se o Sporting perder, tudo se complicará ainda mais.
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Qual foi o clássico que mais o marcou enquanto jogador?
- Todos me marcaram, mas o clássico que ganhámos nas Antas por 2-1 [temporada 1996/97] foi especial. O Sporting não vencia o FC Porto fora de casa para o campeonato há muitos anos e esse clássico também foi especial na medida em que fiz um dos golos.
