Derrotado por um penálti polémico, nos descontos com o Feirense (2-1), o clube exige sanções. Recurso ao videoárbitro não evitou o "erro grosseiro".
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O Paços de Ferreira pretende anunciar esta quarta-feira, em comunicado, qual a via legal por que optará para que sejam sancionados os responsáveis pelo polémico penálti assinalado por Carlos Xistra que, anteontem, custou a derrota (2-1) com o Feirense. O treinador Vasco Seabra já ontem ficou a saber que a leitura do lance poderá valer-lhe um castigo. Terá a hipótese de se defender, em processo disciplinar ontem instaurado pelo respetivo órgão federativo, por ter considerado "inadmissível" a leitura que o juiz de Castelo Branco fez do lance, depois de recorrer ao videoárbitro - pelo qual era responsável Bruno Paixão.
"Os jogadores não podem jogar sem braço, e neste lance só se o Marco Baixinho o cortasse. O mais grave é que o árbitro foi rever o lance e marcou penálti na mesma. É fácil bater nos pequenos. É uma vergonha", afirmou, na Sport TV, o treinador a quem nunca se ouvira uma crítica a árbitros. "Vergonha" é também uma das palavras que Paulo Meneses elege para resumir o lance. "Escândalo" é outra, admite o presidente do Paços de Ferreira. "O videoárbitro é uma forma de auxílio, de evitar o erro grosseiro, e não serviu para aquilo a que se destina", criticou o advogado, perante o "erro grosseiro e indesculpável", sublinhou: "Não se trata de um lance corrido. Teve a possibilidade de ver e tomou uma decisão contra tudo o que são as imagens." "O Paços de Ferreira não pode conformar-se", explicou, porque o que está em causa é a "verdade desportiva". "As imagens que eles veem também nós vemos", recordou.
"As pessoas que não souberam analisar este lance devem ser sancionadas"
"Tal como os dirigentes e os jogadores são sancionados", também "as pessoas que não souberam analisar aquele lance devem ser sancionadas", sintetizou Paulo Meneses. "Se foi uma decisão individual" de Carlos Xistra, "ele que assuma", desafiou; se foi por indicação de Paixão, então que "assumam ambos". O que não deixará de suceder é o Paços de Ferreira reclamar, "de forma veemente" e pelas vias da justiça desportiva, consequências para a decisão que, "logo no estádio, em tempo real", suscitou a "pessoas sem relação ao Paços de Ferreira" reações solidárias na indignação perante uma decisão tomada "com recurso aos meios que reclamam" os árbitros, precisamente para ficarem a salvo de "erros grosseiros".
