
RUNGROJ YONGRIT/EPA
Poupado, o médio húngaro falhou o duelo com Portugal, mas sabe-se desejado na Luz e afirma que o futuro ficará claro antes da final do Euro.
O ingresso de Ádám Nagy no Benfica já afigura ser apenas uma questão de dias, dependente da tramitação normal das transferências. Pela forma determinada como o emblema encarnado conduz o processo de aquisição dos direitos económicos do internacional húngaro - que ontem, contra Portugal, foi preservado e ficou no banco, a recarregar energias para a fase eliminatória do Europeu -, este já poderá dar como praticamente adquirida a mudança para o futebol lusitano. "Penso definir o meu futuro uma semana antes da final do Europeu [termina dia 10 de julho]. Para já quero estar apenas concentrado e ter a cabeça na seleção, mas sei do interesse do Benfica, sim; tenho alguns amigos em Portugal que já me falaram disso. Fico muito satisfeito por saber do interesse de grandes clubes", comentou ontem o centrocampista, evitando entrar em pormenores. "Ansioso com o meu futuro? Não, não estou, até porque tenho uma mentalidade forte", vincou.
Até dois milhões de euros, conforme O JOGO antecipou, é quanto as águias estimam pagar ao Ferencváros pela contratação de Nagy (21 anos), que se mostra conhecedor do que se passou no meio-campo do Benfica na última temporada, isto é, de quem brilhou nesse sector e do passo dado antes do campeonato da Europa de França, sendo protagonista de uma transferência milionária para o Bayern Munique. "Tal como aconteceu com Renato Sanches, este último ano também foi louco para mim. Aconteceram-me imensas coisas boas, tal como se passou com o Renato. Saltei dos sub-20 para a equipa principal, depois conquistei títulos e ainda tive a oportunidade de ser chamado ao Europeu. Olho para este percurso e tenho de dizer que foi uma ascensão muito rápida, muito semelhante à de Renato Sanches", afirmou Ádám Nagy, estabelecendo um paralelismo que, nesta conjuntura, assume particular interesse.
Já com a qualificação para os oitavos de final do Europeu assegurada antes de disputar a terceira jornada da fase de grupos, o selecionador da Hungria, Bernd Storck, decidiu promover alterações na equipa-base, com o objetivo de resguardar e refrescar algumas peças que se têm revelado importantes, entre as quais Nagy. Em confronto direto com Portugal, o médio-centro não teve então possibilidade de se mostrar aos adeptos lusos, nomeadamente aos afetos às cores dos tricampeões nacionais. "Queria muito ter defrontado a seleção portuguesa. Não foi possível, tive pena. Mas sei quão importante é estar bem a nível físico neste momento. Preciso de estar fresco para os próximos jogos", reconheceu o internacional húngaro à Imprensa portuguesa.
