
O presidente do Benfica Luís Filipe Vieira(E) acompanhado pelo presidente da LPFP Pedro Proença (D) durante a cerimónia de entrega do Troféu Tricampeão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) que decorreu no Museu do Benfica Lisboa 06 de março de 2017. ANTÓNIO COTRIM
ANTÓNIO COTRIM
Águias receberam uma taça já riscada dos regulamentos e tiveram palavra a dizer nos nomes que lá estão gravados
Corpo do artigo
O troféu de tricampeão nacional entregue esta segunda-feira por Pedro Proença ao Benfica foi o primeiro e último da espécie. Prevista numa alteração regulamentar de 2011, a taça desapareceu entretanto das regras, embora ainda vigorasse, no entender da Liga, durante os três campeonatos ganhos pelas águias, entre 2014 e 2016.
Significa isto que Luís Filipe Vieira recebeu ontem um exemplar único, a não ser que nova remodelação volte a incluí-lo nos regulamentos. Ao que O JOGO apurou, foi mesmo o Benfica - que integra a direção da Liga - a recordar a existência do troféu a Proença, que o foi debatendo com os membros executivos da direção em várias reuniões.
Pendente estava apenas a data de entrega, que ficou sempre à consideração do Benfica, também ouvido a respeito dos nomes a gravar no metal: só os dos jogadores que integraram os três planteis campeões, ou seja, sem menção aos dois treinadores que participaram nas vitórias. Isto é, Jorge Jesus (duas vezes) e Rui Vitória, a fechar o ciclo.
O tema nunca chegou a ser discutido com os membros não executivos da Liga, grupo do qual constam representantes do FC Porto e do Sporting. Em ambos os casos, o troféu de tricampeão foi-nos referido como "desconhecido", ainda que, quando está em causa apenas a aplicação de regulamentos, a direção executiva da Liga, ou seja, os elementos que gerem o dia-a-dia do organismo em todas as vertentes, tenha total liberdade para agir por conta própria.
Em todo o caso, fica a curiosidade: o Benfica recebeu o primeiro e, aparentemente, único troféu de tricampeão nacional. Destes, já não há mais.
