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Médico de Batistuta explica que o antigo avançado vai ter uma prótese, mas apenas do tornozelo. Segundo ele, os problemas começaram no Catar, onde fazia infiltrações semanais de corticoides.
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O filho de Gabriel Batistuta negou esta segunda-feira que o antigo avançado venha a ser amputado na sequência de graves dores nas pernas que lhe condicionam o andar. A hipótese tinha sido avançada por sites no mundo inteiro, mas Lucas Batistuta disse que a possibilidade não está neste momento em equação.
Roberto Avanzi, médico que já operou o antigo jogador de Roma e Fiorentina, entre outros, corroborou o familiar de Batistuta, mas informou que, em princípio, o mesmo irá antes optar por uma prótese no tornozelo.
"O Batistuta estava insuportável, veio cá um dia e disse-me: 'Quero fazer como o Pistorius e cortar os dois tornozelos'. Disse-o muito a sério e ainda disse: 'Assim não quero viver.' Mas isso foi há três anos, não agora", começou por explicar Avanzi à Rádio Del Plata.
"No momento certo falámos, tranquilizei-o e combinámos fazer uma artrodese, que significa fixar o tornozelo com uma cirurgia. O problema é que não podes fazê-la nos dois tornozelos ao mesmo tempo. Fizemos isso há três anos e desse tornozelo andou fantástico. Começou a andar a cavalo, voltou a jogar pólo, andava feliz", prosseguiu o clínico, explicando depois as origens dos graves problemas de Batistuta: "Nos últimos tempos em que jogou, no Catar, faziam-lhe uma infiltração córtico-anestésica por semana, então tem esses dois tornozelos destruídos. A corticoide come-te a cartilagem e isso destrói-te o tornozelo."
Para já, Batistuta vai esperar mais uns tempos até avançar para a prótese.
"Agora quer operar o outro tornozelo, mas há que pôr-lhe uma prótese. No outro dia falámos disso, porque ele está a pensar nisso seriamente. Está muito mal. O problema é que as próteses de tornozelo são muito recentes, só existem há cinco anos e não queríamos fazer experi~encias com ele, queríamos ter a certeza de que ficará bem. Disse-lhe para esperar um pouco para vermos melhor os resultados. Primeiro vamos pôr a prótese no tornozelo que ainda não foi operado, mas estamos numa fase em que ele vai continuar assim até não aguentar mais. Quando isso acontecer, pômos-lhe uma prótese no tornozelo", explicou ainda Roberto Avanzi.
