A France Football revela que o Catar comprou votos para ganhar o direito de organizar o Mundial'2022 e chamam-lhe o Catargate. Platini e Sarkozy estão na história...
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A edição desta semana da France Football denuncia uma possível compra de votos do Catar para ganhar o direito à organização do Campeonato do Mundo de 2022.
A revista publica uma reportagem de 20 páginas na qual volta a afirmar que o país árabe comprou o Mundial com o beneplácito da França, da FIFA e dos Emirados Árabes, que teriam atuado nesse sentido "numa troca justa".
A capa da nova edição da revista tem a manchete Catargate, uma referência ao escândalo político "Watergate", que na década de 1970 culminou com a renúncia do presidente norte-americano Richard Nixon devido a acusações de corrupção.
Segundo a publicação francesa, o presidente da UEFA, Michel Platini, foi um dos responsáveis pela negociação que levou o Catar a ganhar o direito de organizar o Campeonato do Mundo.
Tudo teria começado a 23 de novembro de 2010, no Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente da República Francesa, onde um almoço secreto teria reunido o ex-presidente Nicolas Sarkozy, Michel Platini, o príncipe catariano Al-Thani e o então dono do Paris Saint-Germain.
De acordo com a revista, o Catar comprometeu-se a comprar o clube francês e a criar um canal de televisão que enfraquecesse a potência da rede francesa Canal Plus. Em troca, Platini deveria deixar de apoiar a candidatura dos Estados Unidos à sede do Mundial de 2022.
A 2 de dezembro de 2010, o Catar foi confirmado como organizador dessa Mundial, batendo a concorrência de EUA, Coreia do Sul, Japão e Austrália.
Em junho de 2011, o fundo de investimento Qatar Investment Authority, fundado em 2005 para administrar as reservas excedentes de petróleo e gás natural do governo local, comprou 70% do capital do PSG - o proprietário anterior era o grupo americano Colony Capital.
A revista francesa promete continuar a revelar dados nas próximas edições, capazes de fundamentar estas acusações.