
O jogador português que atua no APOEL admite ter alguns investimentos no Chipre e pensa numa solução para retirar dinheiro depositado.
O capitão do APOEL, o português Hélio Pinto, disse hoje que as caixas multibanco no país estão sem dinheiro e que muitas já foram vandalizadas, na sequência do anúncio de um resgate europeu ao Chipre.
Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram no sábado um resgate financeiro ao Chipre, que prevê a cobrança de taxas sobre os depósitos bancários, anúncio que provocou uma corrida às caixas multibanco.
"Foi uma surpresa para toda a gente. Quem será mais afetado são os cipriotas, mas toda a gente vai perder alguma coisa. A maioria dos portugueses tem as contas em Portugal e tem enviado o dinheiro todo para lá", disse Hélio Pinto à agência Lusa por telefone.
O futebolista, que reside no Chipre há oito anos, adiantou que, na sexta-feira, tinha levantado dinheiro, mas que os colegas foram ao banco e não conseguiram, porque já não havia dinheiro nas máquinas.
"Tenho falado hoje com muitas pessoas e o que me dizem é que as caixas multibanco não têm dinheiro e que muitas já foram partidas, vandalizadas", disse.
Hélio Pinto adiantou à agência Lusa que tem alguns investimentos no país e manifestou esperança de que o presidente cipriota consiga negociar condições mais favoráveis para os depositantes.
Hélio Pinto, que em breve verá o seu contrato com o APOEL terminar, disse à agência Lusa que o "agravamento da situação no Chipre" o faz pensar cada vez mais em "regressar a Portugal ou ir para outro país".
O jogador mostrou-se ainda preocupado com o facto de uma medida semelhante poder ser aplicada aos depósitos em Portugal. Hélio Pinto disse que, nos últimos dias, as conversas com os colegas portugueses do APOEL e com outros estrangeiros vão todas no sentido de que, assim que seja possível, retirarão todo o dinheiro dos bancos cipriotas.
