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Avançado espanhol lembra a passagem pela Luz, entre muitos outros assuntos, numa entrevista à Jot Down
Tote parece agora uma estrela rock. Basta espreitar as imagens que acompanham a longuíssima do ex-avançado do Benfica à Jot Down, revista espanhola, para o comprovar. O espanhol fez uma revisão longa da carreira e, entre muitos assuntos, reservou espaço para a passagem pelo Benfica. "Um clube enorme e trataram-me muito bem na cidade, assim como os companheiros. No dia em que cheguei, João Pinto foi-me buscar de carro e levou-me a um restaurante na Caparica, o Barbas, de um adepto benfiquista. Disseram-me logo que estavam ali para qualquer coisa que eu precisasse. Muito boa gente. Cadete, Porfírio, Robaina [n.d.r. espanhol que esteve no Sporting], Nuno Gomes, a quem chamavam de príncipe porque era bonito, Chano..."
O espanhol diz que aterrou "num histórico" apesar de ter mostrado pouco no Real Madrid. "A experiência encantou-me, mas dei de caras com um tipo como Jupp Heynckes, de quem tenho muito más recordações. Parece-me má pessoa. Um cobarde, não foi frontal. Vinha de uma vitória na Liga dos Campeões, pelo Real Madrid, e chegou como se tivesse sido ele a ganhá-la sozinho. Acho muita piada a esses treinadores. Fez questão de mostrar que chegava como campeão da Europa. Prescindiu de João Pinto, que foi para a Fiorentina [um erro de Tote, aqui] e que era um ídolo em Portugal. Da geração Couto, Vítor Baía e Figo, ele era muito respeitado e campeão do mundo. Portou-se mal com ele, foi cobarde. Também teve problemas com Nuno Gomes e Maniche, que acabou por ir para o FC Porto de Mourinho."
Tote considera que não rendeu em Lisboa porque "era um miúdo de bairro, habituado à família e aos amigos; quando se fica sem isso, passa-se mal, a não ser que se tenha as coisas claras, e eu não tinha. Além disso, Heynckes tirou-me a ilusão toda. Até os pitões das chuteiras queria controlar..."
