
O candidato da Lista B garantiu que há trabalhadores do clube que têm sido pressionados para votar no atual líder e prometeu recorrer aos tribunais se continuarem os "ataques pessoais"
Rui Rangel garantiu que há funcionários do Benfica que têm sido ameaçados, de forma a votarem na Lista A, liderada por Luís Filipe Vieira. Numa conferência de Imprensa convocada para denunciar uma situação que assumia "foros de escândalo", a Lista B acusou Domingos Soares Oliveira de "passar a ideia de que o voto eletrónico não é seguro, de forma a condicionar as suas escolhas". "Isto é uma violação das regras elementares do estado de direito", salientou.
Fernando Tavares, que concorre ao lugar de vice-presidente, também revelou que alguns atletas e treinadores do clube lhe têm ligado a dizer que têm "medo de votar na lista B". "Mas temos a garantia da mesa da Assembleia Geral de que o voto será totalmente confidencial, pelo que todos os sócios podem votar livremente na lista que preferirem", esclareceu Tavares, revelando ainda que muitos sócios a residir no estrangeiro não sabem como podem votar e são deixados na ignorância pela atual Direção.
Além disso, Rangel revelou ter a garantia de que Vieira já está a negociar, pela quantia de 22,1 milhões de euros anuais, a venda dos direitos televisivos com a Olivedesportos, uma das questões mais discutidas nesta campanha. Fragoso de Sousa, candidato a vice-presidente da Direção, assegurou que a empresa que faz a auditoria às contas do Benfica é a mesma que audita todas as empresas pessoais de Luís Filipe Vieira, entendendo haver aqui um "possível conflito de interesses". A este propósito, prometeu, caso Rui Rangel seja eleito, convocar uma reunião com várias empresas para, através de concurso, designar nova empresa para realizar as auditorias.
